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A Política de Casa Branca Importa: Porque não adianta mudar o país ou o estado se a sua rua continua abandonada

Repórter Jota Anderson
schedule Friday, 25/04/2025 as 19:23
Enquanto as discussões políticas fervem nas redes sociais e nos grupos de conversa sobre Brasília e a política estadual, a política local, que mais afeta diretamente o cotidiano do cidadão, segue esquecida. Em Casa Branca, esse desinteresse pela esfera municipal se reflete não apenas na apatia, mas também em práticas preocupantes como a compra de votos, que, infelizmente, ainda marcou presença nas últimas eleições.
 
No ano passado, não só em Casa Branca, mas em várias cidades da região, ocorreram relatos e denúncias de candidatos oferecendo benefícios em troca de votos. Um episódio lamentável, mas que também serve como termômetro da falta de confiança que muitos eleitores sentem em relação ao cenário político de suas cidades.
 
A explicação, em parte, está no descrédito da população em relação aos seus representantes municipais. Se um eleitor aceita vender seu voto, é porque não acredita que a política local possa promover mudanças reais em sua vida a médio e longo prazo. Muitos, diante da dificuldade e da falta de perspectiva, preferem aceitar uma ajuda momentânea, mesmo sabendo das consequências.
 
Outro exemplo dessa continuidade de práticas questionáveis está na permanência de cargos comissionados ocupados desde 2017 em Casa Branca. Mesmo com a troca de governo municipal, muitas dessas pessoas continuam nomeadas nas mesmas funções. Mas por quê? A resposta, mais uma vez, passa pela falta de interesse e de cobrança popular.
 
Em vez de renovar o quadro e profissionalizar a administração pública, prefeitos preferem manter nomes de confiança, muitas vezes mais por compromissos políticos e eleitorais do que por competência técnica. Cargos comissionados deveriam existir para funções estratégicas, mas acabam servindo como moeda de troca e recompensa eleitoral e sem o olhar atento da população, isso se repete de governo em governo.
 
Essa é a pergunta que fica. Em Casa Branca, haverá espaço para renovação? Os mesmos rostos voltarão a disputar cargos ou a população irá abrir oportunidade para novas lideranças? Será que os cidadãos, cansados das velhas práticas, finalmente decidirão participar mais ativamente das discussões sobre os rumos da cidade, ou continuarão debatendo apenas a política de fora, enquanto a casa onde vivem segue sem rumo?
É essencial que a população entenda: enquanto não houver interesse e cobrança no âmbito municipal, dificilmente haverá mudança verdadeira. Os problemas que mais afetam o dia a dia — saúde, educação, transporte, segurança, infraestrutura — são resolvidos (ou ignorados) no nível municipal.
 
Que a próxima eleição, mais do que decidir quem ocupará cadeiras no Executivo e Legislativo, sirva também para resgatar o interesse da população pela política de sua cidade.
 
Porque não adianta mudar o país ou o estado se a realidade do seu bairro e da sua rua continua a mesma.
 
REPÓRTER JOTA ANDERSON - RÁDIO JOTA NOTÍCIAS E JORNAL GAZETA DE CASA BRANCA
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