Repórter Jota Anderson
O prazo para declarar o Imposto de Renda terminou na última sexta-feira, 31 de maio, e, na mesma data, o Fisco liberou o pagamento do primeiro lote de restituição.
Pouco mais de 5,5 milhões de contribuintes foram contemplados, com um valor total de crédito de R$ 9,5 bilhões.
Milhares de pessoas, no entanto, ainda estão na fila e precisam aguardar pelos próximos lotes para ter o dinheiro de volta.
Se bem que existe uma possibilidade de ter em mãos o dinheiro da restituição antes mesmo de a Receita liberar o pagamento.
Na verdade, não é exatamente o dinheiro da Receita... trata-se de um empréstimo que os grandes bancos fazem, usando como garantia o dinheiro que o contribuinte tem para receber do Fisco. É a chamada antecipação do Imposto de renda.
Geralmente basta apresentar o recibo de entrega da declaração que o banco adianta o valor que será restituído. Os juros são menores do que em um empréstimo convencional e o pagamento da dívida é feito só no dia em a pessoa recebe o dinheiro do governo.
É tentador, mas será que vale a pena?
Segundo os especialistas, nem sempre. Alias, não vale, na maioria das vezes.
É que se trata de uma linha de crédito. Com juros. E esse já é um primeiro problema. Você vai devolver ao banco, fatalmente, uma quantia maior do que a que está pegando.
A segunda questão é que, se eventualmente a sua declaração cair na malha fina e a restituição demorar para chegar, será preciso honrar o compromisso até a data pré-estipulada pelo banco, tendo ou não recebido do Leão.
Por isso, é preciso ter bastante cautela. Esse tipo de negócio vale, de acordo com quem entende bastante de finanças, apenas pra quem tem dívidas com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito, por exemplo.
Quem não está nessa situação, não deve arriscar. A orientação é organizar as contas e esperar o pagamento da Receita.