Repórter Jota Anderson
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da pesquisa PNAD Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação, revelando um crescimento significativo no uso da internet pela população brasileira acima dos 60 anos. O índice de utilização subiu de 62,1% para 66%, destacando um avanço notável na inclusão digital dessa faixa etária. No entanto, esse aumento de conectividade também acende um alerta para a saúde das mãos, em especial quanto ao risco de artrose decorrente do uso prolongado de smartphones.
A artrose é uma condição que afeta as articulações, resultando no desgaste da cartilagem e na degeneração das juntas, principalmente devido ao envelhecimento e ao esforço repetitivo. Embora a condição seja mais comum em mulheres e profissionais que realizam atividades repetitivas com as mãos, como operadores de caixa, a população idosa é particularmente vulnerável devido à sua capacidade reduzida de regeneração.
Os sintomas de artrose incluem dor, desconforto, inflamação e, em casos mais graves, deformações nos dedos e o surgimento de nódulos. Embora a doença não tenha cura, é possível aliviar os sintomas e retardar seu progresso por meio de tratamentos que combinam medicamentos e fisioterapia. Nos casos mais severos, intervenções cirúrgicas podem ser recomendadas.
O uso constante de smartphones, embora não seja uma causa direta da artrose, pode agravar os sintomas ou acelerar o desgaste das articulações, especialmente nas mãos e nos punhos. Para minimizar os riscos, especialistas sugerem algumas práticas preventivas, como realizar pausas regulares durante o uso do aparelho, fazer alongamentos nas mãos e punhos, e, sempre que possível, utilizar comandos de voz em vez de digitar ou navegar manualmente. Além disso, é recomendável evitar o uso excessivo dos polegares e priorizar outros dedos, como o indicador, ao manusear o celular.
Com a crescente inclusão digital da população idosa, é fundamental equilibrar os benefícios da tecnologia com cuidados adequados à saúde. Pequenas mudanças de hábito no uso do smartphone podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida e na prevenção de complicações futuras, como a artrose.