Repórter Jota Anderson
A partir de agora, Casa Branca e o restante do Brasil contarão com uma nova abordagem na vacinação contra a poliomielite. A tradicional vacina oral contra a pólio (VOP), popularmente conhecida como a "gotinha", deixará de ser aplicada. Conforme anunciado pelo Ministério da Saúde, o esquema vacinal passa a ser exclusivamente composto pela vacina injetável VIP (Vacina Inativada contra a Poliomielite), que utiliza o vírus inativado para promover a imunização com mais segurança e eficácia.
Essa transição visa fortalecer a proteção das crianças contra a poliomielite, doença que pode causar paralisia permanente. Anteriormente, o esquema vacinal incluía três doses injetáveis, aos 2, 4 e 6 meses, e reforços com a VOP em gota, aplicados aos 15 meses e 4 anos de idade. Agora, as doses de reforço também serão injetáveis, eliminando o uso da vacina oral no país.
A decisão do Ministério da Saúde reflete uma tendência global de substituição da vacina oral, composta pelo vírus atenuado, pela versão injetável com o vírus inativado. A VOP é segura e eficaz, mas em raros casos pode provocar eventos adversos, enquanto a VIP oferece segurança total contra a infecção pela vacina.
Apesar da mudança, o símbolo querido das campanhas de vacinação, o Zé Gotinha, continuará a desempenhar seu papel nas ações de conscientização, incentivando os pais a manterem as cadernetas de vacinação em dia e assegurando a cobertura vacinal em todo o Brasil.
Com a mudança, o esquema completo contra a pólio será inteiramente realizado com a VIP. As três doses iniciais permanecem aos 2, 4 e 6 meses, enquanto os reforços aos 15 meses e aos 4 anos também serão com a vacina injetável. O novo formato busca garantir a erradicação total da poliomielite no Brasil e reforçar a segurança dos pequenos em todas as regiões do país.
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é a principal ferramenta de prevenção contra a pólio e convoca os pais a comparecerem aos postos de saúde para garantir a proteção das crianças.