Repórter Jota Anderson
Mesmo com a expectativa de cortes futuros, a taxa básica de juros do Brasil continua elevada. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% ao ano na reunião mais recente, o que mantém o país na vice-liderança do ranking global de juros reais.
O juro real — que considera a inflação esperada e não apenas o valor nominal da taxa — é uma medida importante para entender o custo do dinheiro na economia. Segundo dados de um portal especializado, a taxa real brasileira está em 9,76% ao ano, atrás apenas da Turquia, que lidera com 10,08%.
Na prática, isso significa que mesmo descontando a inflação, o retorno de aplicações atreladas à Selic ainda é alto, o que pode impactar investimentos, consumo e o crescimento econômico.
O ranking ainda inclui Argentina (6,61%), África do Sul (5,29%) e Rússia (4,86%). A média mundial entre os 165 países analisados é de 1,66% ao ano — bem abaixo da realidade brasileira.
Em relação aos juros nominais, o Brasil aparece na quarta colocação, com Selic de 15%, atrás da Turquia (43%), Argentina (29%) e Rússia (18%).