Repórter Jota Anderson
O número de brasileiros com contas em atraso voltou a crescer e alcançou um novo recorde em junho. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 71,28 milhões de consumidores estavam com o nome negativado no país no sexto mês do ano.
O dado representa aproximadamente 43% da população adulta brasileira, ou seja, 43 em cada 100 pessoas com 18 anos ou mais tinham dívidas em atraso no período. Na comparação com junho do ano passado, o total de inadimplentes aumentou 7,7%.
As instituições financeiras seguem como as principais credoras dos inadimplentes: 68,9% das dívidas estão relacionadas a bancos, financeiras e operadoras de cartão de crédito. Em seguida, aparecem as contas de serviços básicos, como água e energia elétrica, e o comércio em geral.
O perfil dos inadimplentes revela que a faixa etária entre 30 e 39 anos concentra a maior parte dos registros: cerca de 24% dos devedores se encontram nessa idade, totalizando 17,62 milhões de pessoas.
O levantamento também mostrou um equilíbrio entre os gêneros: 51,15% dos negativados são mulheres, enquanto os homens representam 48,85% do total.
Em média, cada consumidor inadimplente devia R$ 4.786,83 em junho — um leve aumento em relação aos R$ 4.743,00 registrados em maio. O valor considera a soma de todas as dívidas em nome de cada pessoa.