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Gravidez na adolescência atinge 1 em cada 23 meninas no Brasil, aponta estudo

Mais de 1 milhão de adolescentes entre 15 e 19 anos se tornaram mães entre 2020 e 2022. Situação se agrava em regiões mais vulneráveis.
schedule Wednesday, 23/07/2025 as 07:30

Um levantamento realizado pelo Centro Internacional de Equidade em Saúde da Universidade Federal de Pelotas revelou um dado alarmante: anualmente, uma em cada 23 adolescentes brasileiras, com idades entre 15 e 19 anos, torna-se mãe. Entre 2020 e 2022, mais de 1 milhão de meninas dessa faixa etária tiveram filhos no país.

O cenário se agrava quando se observa os números entre meninas ainda mais jovens. No mesmo período, mais de 49 mil partos foram registrados entre crianças de 10 a 14 anos — uma faixa etária em que qualquer relação sexual é considerada, pela legislação brasileira, como estupro de vulnerável.

Comparações internacionais e desigualdade regional

A taxa média de natalidade entre adolescentes no Brasil é de 43,6 nascimentos a cada mil meninas, quase o dobro da média observada em países de renda média-alta e bem acima de nações como Rússia, China e Índia, onde a taxa é de 16,3 por mil.

A desigualdade regional no país torna o panorama ainda mais preocupante. A Região Norte lidera com a maior taxa: 77 nascimentos por mil adolescentes. Na outra ponta, o Sul apresenta o menor índice, com 35 por mil — número que ainda assim é elevado em comparação internacional.

Segundo o estudo, em uma a cada cinco cidades brasileiras, as taxas de fecundidade entre adolescentes são equivalentes às observadas em países de baixa renda.

Confira a porcentagem de municípios em cada região com índices comparáveis aos dos países mais pobres do mundo:

  • Norte: 76% das cidades

  • Nordeste: 30,5%

  • Centro-Oeste: 32,7%

  • Sul: 9,4%

  • Sudeste: 5,1%

Consequências e desafios

A gravidez na adolescência está associada a riscos para a saúde da mãe e do bebê, além de impactos sociais, como abandono escolar, dificuldades econômicas e maior vulnerabilidade à violência doméstica.

Especialistas apontam que o combate à gravidez precoce exige políticas públicas efetivas, acesso à educação sexual de qualidade, apoio familiar e serviços de saúde acessíveis e humanizados.

O estudo reforça a urgência de ações articuladas entre governo, escolas e comunidades para enfrentar um problema que afeta o presente e compromete o futuro de milhares de meninas brasileiras todos os anos.

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