Repórter Jota Anderson
Desde o dia 1º de novembro, entraram em vigor as novas normas de uso do Pix, o sistema de pagamento instantâneo brasileiro criado pelo Banco Central (BC). Essas mudanças, que já haviam sido anunciadas em julho de 2023, têm como objetivo aprimorar a segurança das transações e proteger os usuários contra fraudes.
O que Vai Mudar no Pix?
A principal alteração diz respeito ao limite de transações para dispositivos novos, como celulares ou computadores. A partir de agora, quando um usuário realiza uma transferência via Pix em um dispositivo recém-cadastrado, os valores estão limitados a R$ 200 por transação e a R$ 1.000 por dia. Esses limites permanecem até que o novo dispositivo seja completamente registrado no banco, garantindo que ele seja seguro e pertence ao titular da conta.
Para os usuários que já realizam suas transações com o mesmo celular ou computador, a rotina do Pix não sofrerá alterações. As medidas de segurança serão aplicadas apenas para quem utiliza dispositivos recém-adicionados.
Por que as Novas Regras Foram Implementadas?
As mudanças foram pensadas para dificultar o trabalho de golpistas, que frequentemente se aproveitam de dispositivos novos para aplicar fraudes financeiras. Em casos de roubo de dados, como login e senha, os criminosos tendem a utilizar equipamentos diferentes daqueles que o cliente já usa regularmente, buscando realizar transações de grande valor.
Com as novas restrições, os fraudadores enfrentarão maiores barreiras. Eles precisarão registrar o dispositivo no banco da vítima, processo que envolve etapas adicionais de segurança, como verificações de identidade e confirmações diretamente com a instituição financeira.
Cadastro do Novo Dispositivo: Procedimento Simples e Seguro
Se você adquiriu um celular novo ou decidiu usar um computador diferente para transações financeiras, o processo para desbloquear o limite do Pix será feito diretamente com a instituição financeira. Esse cadastro permitirá que o novo dispositivo seja reconhecido pelo banco, restabelecendo os limites tradicionais de transferência.
O Banco Central orienta que o processo de registro seja realizado de forma segura e preferencialmente pelos canais oficiais de atendimento da instituição bancária, para evitar que qualquer outro dispositivo tenha acesso facilitado.
Monitoramento e Controle de Fraudes: Novas Obrigações para os Bancos
Além das restrições para dispositivos novos, o Banco Central impôs medidas adicionais para que as instituições financeiras fiquem mais atentas ao comportamento de seus clientes. Agora, os bancos terão a obrigação de monitorar transações que não correspondem ao perfil habitual do cliente, e verificar a cada seis meses se o CPF ou CNPJ de seus correntistas apresenta alguma marcação de fraude.
Se algum cliente for identificado como fraudador, o banco poderá tomar medidas rígidas, incluindo o bloqueio de transações via Pix e a restrição de recebimentos.
Proteção e Conveniência para os Usuários
Essas novas regras representam mais uma etapa na constante evolução do Pix, que se tornou um dos métodos mais populares e rápidos de pagamento no Brasil. Ao implementar essas barreiras adicionais, o Banco Central espera que o sistema continue crescendo em segurança, protegendo milhões de brasileiros que usam o Pix diariamente.
Para os usuários regulares, a medida traz uma camada extra de tranquilidade, já que golpes e fraudes financeiras estarão cada vez mais controlados e identificados pelas próprias instituições financeiras.